 
sábado
terça-feira
Nota final
Le temía a tu cuerpo
no al alma sin réplica
y rocío
que usabas como ropa de dormir.
A la lava sin rumbo
que desbordaba la sábana
y quemaba las flores
nunca al dibujo de tus ojos
que de repente pedía
compasión o cariño.
Fue tu follaje exterior
impredecible, desbocado, coral
y fueron las erupciones que adiviné
los estremecimientos
y la densidad del polvo que te hizo
lo que produjo mi estampida.
Me fui porque en ti triunfa
un animal espléndido
y yo era un hombre enamorado
sin corazón de domador de circo.
[Raúl Rivero, Verão - 2003 ]
Le temía a tu cuerpo
no al alma sin réplica
y rocío
que usabas como ropa de dormir.
A la lava sin rumbo
que desbordaba la sábana
y quemaba las flores
nunca al dibujo de tus ojos
que de repente pedía
compasión o cariño.
Fue tu follaje exterior
impredecible, desbocado, coral
y fueron las erupciones que adiviné
los estremecimientos
y la densidad del polvo que te hizo
lo que produjo mi estampida.
Me fui porque en ti triunfa
un animal espléndido
y yo era un hombre enamorado
sin corazón de domador de circo.
[Raúl Rivero, Verão - 2003 ]
domingo
quarta-feira
O "pudorzinho".
Em memória de uma 'que-se-quer-senhora' por um dia me ter falado de pudor a propósito do que desconhece.
Todos os imbecis da Burguesia que pronunciam incessantemente as palavras: imoral, imoralidade, moralidade na arte e outros disparates fazem-me pensar em Louise Villedieu, puta de cinco francos, que, acompanhando-me uma vez ao Louvre, onde ela nunca fora, se pôs a corar, a esconder a cara, e, puxando-me a todos os instantes pela manga, perguntava-me em frente das estátuas e dos quadros imortais como se podia exibir publicamente semelhantes indecências.
(Ch. Baudelaire, LXXXIV, Mon Coeur Mis à Nu)
sábado
e só para variar da ladaínha da "rainha-morta-tadinha-altiva" 
(aquela que escreve a preto não se enxerga, és muito boa és, se fazes o teste dos bichos dá-te mas é peixe morto e congelado...) vou passar a dedicar o melhor da minha atenção à "caras-blogosférica-lux-à-esquerda" que é como quem diz à colectânea de blogues que contam as vidinhas todas, as prainhas a que vão (Cancun, Puerto não-sei-quê, etc etc parecem-me sempre sítios tão chiques e inatingíveis, santa!), as barriguinhas das meninas prenhas, os nomezinhos das crias a nascer ou já nascidas, os copozinhos-de-água muito "inteligentzia" (ora, intelectual que se preze é de esquerda, ou não?). enfim, esses passarão a ser, doravante (adoro esta palavrinha antiga...), os meus livros (digo, blogues) "de revelação" sempre à cabeceira (no caso: do desktop), substituindo os démodés Lewis Carroll e Anaïs Nin (nomes fictícios). ah, e por falar em revelações, como é óbvio também sempre sonhei em vir a ser gueixa mas só agora me sinto esclarecida
